Redação
| 02/03/16
“Desde a
visita do Santo Padre, sentimos que sopra um vento de mudança; houve uma
reviravolta total”, declarou o arcebispo de Bangui, dom Dieudonné Nzapalainga,
em entrevista à agência CNS. Ele comentou sobre as eleições presidenciais na
República Centro-Africana, que tiveram segundo turno em 20 de fevereiro e foram
vencidas pelo ex-primeiro-ministro Faustin-Archanhe Touadéra.
“O Papa
veio como um mensageiro de misericórdia e pediu a reconciliação das nossas
comunidades. Este apelo à paz e ao perdão foi ouvido pelos antigos inimigos e
combatentes e agora se concretizou, dando ao novo presidente uma oportunidade
real para a paz”, explica dom Nzapalainga, que considera a visita do papa um
estímulo importante para o diálogo inter-religioso no país e vê como positiva a
eleição de Touadéra, que foi primeiro-ministro do ex-presidente François
Bozizé, deposto em 24 de março de 2013 pelos rebeldes Seleka.
Da mesma
opinião sobre as recentes eleições é o bispo de Bangassou, dom Juan José
Aguirre Muñoz, que, no entanto, se diz preocupado com as agressões que perduram
no território de sua diocese por parte das milícias do Exército de Resistência
do Senhor, a guerrilha ugandense que age também no Sudão do Sul e na República
Democrática do Congo.
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