O que
chega de Lima, capital do Peru, é uma imagem sensacional: um rio interminável
de pessoas lotaram as ruas para manifestar publicamente o próprio apoio à vida,
da concepção à morte natural. Sábado passado foram mais de 750 mil pessoas que
aderiram à Marcha pela Vida deste ano: números que fazem do evento a maior
manifestação da história peruana.
O
arcebispo metropolita de Lima e Primaz do Peru, Cardeal. Jean Luis Cipriani
ressaltou que nunca no País houve uma rede tão ampla pró-vida. “Esta geração de
jovens quer um Peru diferente – disse – no qual se possa viver sem exclusões,
sem abortos, à procura de uma maior dignidade para cada criança”.
Segundo o
cardeal, que também leu uma carta de apoio do papa Francisco, o Peru “está
demonstrando à América Latina e à Europa que é possível mudar de mentalidade”,
tendo a “coragem de ficar estar calados” e “de sair às praças”. Jovens,
anciãos, mães, crianças, animaram a Marcha deste ano, que teve como título:
“Nosso primeiro direito: a Vida”. Instou, nesse sentido, o cardeal Cipriani:
“Não podemos deixar passar que se afirme que o aborto é um direito, porque é um
homicídio!”.
Mas a
marcha não foi apenas uma ocasião para denúncia. Danças e espetáculos estiveram
presentes em todo o percurso. Na esplanada onde a marcha concluía houve um
concerto que precedeu os testemunhos de vários hóspedes. Entre estes,
especialmente comovente as palavras de Liana Rebolledo, uma mulher que foi violentada
quando tinha 12 anos, que ficou grávida e que decidiu – apesar das dificuldades
– ter a criança. “O aborto não resolve nada”, exclamou a mulher.
No Peru o
direito à vida desde a concepção é protegido pela Constituição. Em abril, no
país, haverá eleições presidenciais. O 750 mil que encheram as ruas de Lima
estão esperando que esta Constituição seja respeitada.
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