Tema em voga e urgente.
O que precisamos no Brasil? Muitas coisas! Dentre elas
medidas que visem preservar ou melhorar as condições do meio ambiente para nos
prevenir de doenças e promover nossa saúde, também para melhorar nossa
qualidade de vida e produtividade, o que facilitaria nossa atividade econômica.
Isso se chama Saneamento Básico. Que no próprio nome já diz, é básico para
vivermos bem e com dignidade.
Esse é um direito que temos assegurado pela
Constituição e definido pela Lei nº. 11.445/2007 como o conjunto dos serviços,
infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento
sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de
águas pluviais. Mas, e a gestão e o cumprimento de tudo isso? Essa questão gera
dúvidas e, em tempos de prevenção de doenças como Zika vírus, Chicungunha e
Dengue, gera ainda mais preocupação. É nesse sentido que a Campanha da
Fraternidade Ecumênica deste ano propõe refletirmos sobre todas essas questões
e tomarmos uma posição de fiscais do governo no que diz respeito ao assunto.
Saneamento Básico e a saúde da população
Um estudo do Instituto Trata Brasil mostrou que o
País convive com milhares de casos de internação por diarreias todos os anos
(400 mil casos em 2011, sendo 53% de crianças de 0 a 5 anos), muito disso
devido à falta de saneamento. Já um estudo do BNDES estima que 65% das
internações em hospitais de crianças com menos de 10 anos sejam provocadas por
males oriundos da deficiência ou inexistência de esgoto e água limpa, que
também surte efeito no desempenho escolar, pois crianças que vivem em áreas sem
saneamento básico apresentam 18% a menos no rendimento escolar.
Veja alguns dados coletados a partir de pesquisa do
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2013), do Estudo Trata
Brasil “ Ociosidade das Redes de Esgoto – 2015”, Censo Escolar 2014 e Estudo
Trata Brasil “De Olho no PAC - 2015”:
- 48,6% da população brasileira têm acesso à coleta
de esgoto, mais de 100 milhões de brasileiros não têm acesso a este serviço.
- Mais de 3,5 milhões de pessoas, nas 100 maiores
cidades do país, despejam esgoto irregularmente, mesmo tendo redes coletoras
disponíveis.
- Mais da metade das escolas brasileiras não têm
acesso à coleta de esgotos.
- 47% das obras de esgoto do PAC, monitoradas há
seis anos, estão em situação inadequada. Apenas 39% de lá para cá foram
concluídas e, hoje, 12% se encontram em situação normal.
- Cerca de 450 mil pessoas nos 15 municípios
paulistas têm disponíveis os serviços de coleta dos esgotos, porém não estão
ligados às redes, e, portanto, despejam seus esgotos de forma inadequada no
meio ambiente.
Pense e reflita sobre esse assunto e não deixe de
pesquisar a respeito nos diversos materiais lançados na ocasião da Campanha da
Fraternidade. Entre eles o DVD informativo e de reflexão produzido pelo Mundo
Jovem e Instituto Cultural Padre Josimo, chamado “Saneamento Básico: cuidar do
planeta, nossa casa”. Saiba mais sobre ele neste link: http://www.mundojovem.com.br/noticias/iniciando-na-proxima-quarta-feira-campanha-da-fraternidade-2016-vai-tratar-de-saneamento-basico e entre nessa causa comum a todos nós.
Confira também matéria especial sobre o assunto na
edição de Fevereiro/2016 do Jornal Mundo Jovem.
Equipe Mundo Jovem
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