O ano
começa movido pelo ardor missionário para as famílias, jovens, criança e idosos
do Movimento Apostólico de Schoenstatt. O mês de fevereiro é tempo de missão,
de sair de si como parte de uma Igreja missionária, em saída. Três cidades –
Londrina/PR, Balsa Nova/PR e Mairiporã/SP –, receberam neste mês os grupos que
saem para compartilhar Cristo e Maria com o mundo, sendo um sinal da
misericórdia do Pai.
Cerca de
250 pessoas participam em fevereiro das Missões de Schoenstatt. Missionários de
várias idades foram às ruas para levar a mensagem do Evangelho e a alegria de pertencer
ao Pai.
O Papa
Francisco, afirma: “A Igreja é mãe. É a nossa ‘santa mãe Igreja’ que nos gera
no Batismo, nos faz crescer em sua comunidade e tem atitudes de maternidade, de
meiguice, de bondade. A Mãe Maria e a mãe Igreja sabem acariciar seus filhos,
dão ternura. Pensar na Igreja sem esta maternidade é pensar numa associação
rígida, sem calor humano, órfã” (15.9.2015). Acompanhados de uma imagem
peregrina da Mãe e Rainha, Mãe e coração da Igreja, os missionários
schoenstattianos entram nas casas que lhes abrem as portas, leem a Bíblia com a
família, rezam juntos, conversam, se interessam pela realidade daquele lar.
Eles são a presença da ternura da Igreja para cada família, acolhendo, com
carinho e cuidado, suas realidades e colocando-as novamente em comunhão com a comunidade
paroquial. Nas casas em que não são recebidos, os missionários rezam diante do
portão, suplicando a bênção de Deus para esse lar.
Robson
Popoatzki de Porto Amazonas/PR, cidade que recebeu os missionários de
Schoenstatt em 2014 e 2015, empolgado pelo que vivenciou, neste ano de 2016,
também decide ser um missionário e parte para a missão schoenstattiana, as
Missões Familiares em Balsa Nova/PR: “Eu sabia que seria uma experiência muito
mais intensa do que ser missionado. Quando descobri como realmente acontecem as
Missões, me veio a vontade de novamente participar em 2017. Este ano tivemos
dois missionários da minha cidade, mas para o ano que vem esperamos que novas
pessoas também queiram participar. Como eu disse em minha comunidade, é uma
experiência incrível e quem participa não se arrepende”.
Pe.
Vandemir Meister, superior dos Padres de Schoenstatt no Brasil, motiva os
missionários em Mairiporã: “Evangelização é dar testemunho de vida. Nesses dias
os missionários estão evangelizando com o testemunho e com a Palavra de Deus.
Quem participa das missões sai com ‘as baterias recarregadas de forças’, porque
se aprende muito ao visitar cada família. Quem mais aprende é o próprio
missionário”.
Obras de
misericórdia no Ano Santo
Em
Londrina/PR, levando a Mãe Peregrina com seu Filho às casas, os missionários
tomam muito a serio as obras de misericórdia. No Jardim Marabá, eles reformam
uma praça e um parque infantil. Isso abriu caminhos para o anúncio, pois, as
pessoas da comunidade se aproximam tímidas ao ver os voluntários reformando sua
praça e logo se sentem confiantes para conversar e se inteirar do projeto
missionário.
“O Ano da
Misericórdia faz-se também muito prático em uma missão, pois conseguimos
realizar tanto as obras de misericórdia espirituais como as corporais.
Visitando as casas encontramos muitas realidades que necessitam desse amor
misericordioso do Pai”, dizem Anaísa e Mateus Carvalho, reitores das Missões em
Londrina. Para Paulo Sergio Brilha Galrão, o católico tem necessidade de
receber a visita de seu irmão na fé cristã: “O que me marcou foi esse
acolhimento das pessoas, fomos acolher e acabamos sendo acolhidos, fomos
ensinar e acabamos aprendendo muito mais e tudo isso devemos à graça de Nossa
Senhora”.
Monique
Vaz, de Mairiporã, trocou o descanso pela missão e não se arrepende: “Enxerguei
como Deus é misericordioso. Vou guardar essa experiência, cada palavra, cada
testemunho. Eu levei um pouco de Deus na minha própria cidade, a princípio
fiquei assustada, porque conheço as pessoas, mas depois vi que as pessoas que
conheço são as que mais precisam”.
O reitor
das Missões em Mairiporã, Roberto Cardoso da Silva Bueno, conclui: “Sentimos a
presença de Deus. Foi muito importante quando, ao entrarmos nas casas, víamos
lágrimas nos olhos das pessoas, dizendo: ‘Nossa, vocês são católicos? Nunca vi
católicos fazerem isso!’. A partir do momento em que conhecemos Jesus e sabemos
que ele é nossa fonte de vida, nós queremos levá-lo às pessoas”.
[Texto de Karen Bueno/Ir. M. Nilza P. da Silva]
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