sexta-feira, 18 de março de 2016

Lutar por saneamento é o básico



Tema em voga e urgente. 

O que precisamos no Brasil? Muitas coisas! Dentre elas medidas que visem preservar ou melhorar as condições do meio ambiente para nos prevenir de doenças e promover nossa saúde, também para melhorar nossa qualidade de vida e produtividade, o que facilitaria nossa atividade econômica. Isso se chama Saneamento Básico. Que no próprio nome já diz, é básico para vivermos bem e com dignidade.

Esse é um direito que temos assegurado pela Constituição e definido pela Lei nº. 11.445/2007 como o conjunto dos serviços, infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais. Mas, e a gestão e o cumprimento de tudo isso? Essa questão gera dúvidas e, em tempos de prevenção de doenças como Zika vírus, Chicungunha e Dengue, gera ainda mais preocupação. É nesse sentido que a Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano propõe refletirmos sobre todas essas questões e tomarmos uma posição de fiscais do governo no que diz respeito ao assunto.
                          
Saneamento Básico e a saúde da população 

Um estudo do Instituto Trata Brasil mostrou que o País convive com milhares de casos de internação por diarreias todos os anos (400 mil casos em 2011, sendo 53% de crianças de 0 a 5 anos), muito disso devido à falta de saneamento. Já um estudo do BNDES estima que 65% das internações em hospitais de crianças com menos de 10 anos sejam provocadas por males oriundos da deficiência ou inexistência de esgoto e água limpa, que também surte efeito no desempenho escolar, pois crianças que vivem em áreas sem saneamento básico apresentam 18% a menos no rendimento escolar.

Veja alguns dados coletados a partir de pesquisa do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2013), do Estudo Trata Brasil “ Ociosidade das Redes de Esgoto – 2015”, Censo Escolar 2014 e Estudo Trata Brasil “De Olho no PAC - 2015”:

- 48,6% da população brasileira têm acesso à coleta de esgoto, mais de 100 milhões de brasileiros não têm acesso a este serviço.

- Mais de 3,5 milhões de pessoas, nas 100 maiores cidades do país, despejam esgoto irregularmente, mesmo tendo redes coletoras disponíveis.

- Mais da metade das escolas brasileiras não têm acesso à coleta de esgotos.

- 47% das obras de esgoto do PAC, monitoradas há seis anos, estão em situação inadequada. Apenas 39% de lá para cá foram concluídas e, hoje, 12% se encontram em situação normal.

- Cerca de 450 mil pessoas nos 15 municípios paulistas têm disponíveis os serviços de coleta dos esgotos, porém não estão ligados às redes, e, portanto, despejam seus esgotos de forma inadequada no meio ambiente.

Pense e reflita sobre esse assunto e não deixe de pesquisar a respeito nos diversos materiais lançados na ocasião da Campanha da Fraternidade. Entre eles o DVD informativo e de reflexão produzido pelo Mundo Jovem e Instituto Cultural Padre Josimo, chamado “Saneamento Básico: cuidar do planeta, nossa casa”. Saiba mais sobre ele neste link: http://www.mundojovem.com.br/noticias/iniciando-na-proxima-quarta-feira-campanha-da-fraternidade-2016-vai-tratar-de-saneamento-basico e entre nessa causa comum a todos nós.  

Confira também matéria especial sobre o assunto na edição de Fevereiro/2016 do Jornal Mundo Jovem. 
Equipe Mundo Jovem

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