segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Biografia do Papa Francisco

No dia 13 de março de 2013 o Cardeal Jorge Mario Bergoglio foi anunciado Papa da Igreja Católica. Ele escolheu o nome Francisco.

Escolheu o nome do santo de Assis com a ajuda do Cardeal brasileiro, dom Cláudio Hummes.

No momento que a votação começava a dar sinais de que seria eleito Papa, dom Cláudio Hummes, disse: “Não se esqueça dos pobres”. 

O então, Cardeal Bergoglio, guardou no coração a palavra do amigo brasileiro e tomou para si o nome de Francisco. 

A trajetória 

O Papa Francisco nasceu em Buenos Aires na Argentina no dia 17 de dezembro de 1936.

Assumiu a missão de Papa da Igreja Católica aos 76 anos.

É o primeiro Papa latino-americano.

É sacerdote da Companhia de Jesus, conhecidos como Jesuítas.

Desde 1998, ocupava a função de arcebispo de Buenos Aires.

Estudou e se diplomou como técnico químico.

Ingressou no seminário de Villa Devoto e em 11 de março de 1958 e começou o noviciado na Ordem dos Jesuítas.

Em 1960, obteve a licenciatura em Filosofia no Colégio Máximo São José, em San Miguel. De 1967 a 1970 cursou Teologia no Colégio Máximo de San Miguel.

Foi ordenado sacerdote no dia 13 de dezembro de 1969, pelas mãos de Dom Ramón José Castellano.

Foi ordenado bispo no dia 27 de junho de 1992, pelas mãos de dom Antonio Quarracino, dom Mario José Serra e dom Eduardo Vicente Mirás.

O Papa Francisco é um homem de hábitos comuns e de imenso apreço pelos pobres.

Foi criado cardeal no consistório de 21 de fevereiro de 2001, presidido por João Paulo II, recebendo o título de cardeal-presbítero de São Roberto Bellarmino.

Na Santa Sé ocupou diversos cargos. Membro da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, da Congregação para o Clero, da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica; do Pontifício Conselho para a Família e da Pontifícia Comissão para a América Latina.

O Papa Francisco é um homem de hábitos comuns e de imenso apreço pelos pobres.

Ao falar sobre a escolha do seu nome enfatizou que queria uma “Igreja pobre e para os pobres!”

“(...) Francisco é o homem da paz. E assim surgiu o nome no meu coração: Francisco de Assis. Para mim, é o homem da pobreza, o homem da paz, o homem que ama e preserva a criação; neste tempo, também a nossa relação com a criação não é muito boa, pois não? [Francisco] é o homem que nos dá este espírito de paz, o homem pobre... Ah, como eu queria uma Igreja pobre e para os pobres!”.

Ao assumir o Ministério Petrino no dia 19 de março de 2013, dia da solenidade de São José, Patrono da Igreja Universal, disse que o Papa está a serviço dos pobres e mais humildes.

“Hoje, juntamente com a festa de São José, celebramos o início do ministério do novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro, que inclui também um poder. É certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice convite: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas. Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afeto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos”.


AGENDA DO PAPA FRANCISCO MÊS DE FEVEREIRO

Fevereiro será um mês de muitos compromissos para o Papa. Além da sua 12ª viagem ao exterior (ao México, de 12 a 18), a agenda prevê muitas outras atividades.

No dia 1º, Francisco tem um encontro com todos os presentes em Roma para a conclusão do Ano da Vida Consagrada. Neste mesmo âmbito, no dia seguinte, preside a uma missa na Basílica de São Pedro.

Quarta-feira, dia 3, concede Audiência geral aos peregrinos na Praça São Pedro. Sábado, dia 6, celebra-se o Jubileu dos grupos de oração de Padre Pio, dos funcionários da Casa de Alívio do Sofrimento e dos fiéis da Arquidiocese de Manfredonia – Vieste – San Giovanni Rotondo,.

Domingo, dia 7, o Papa reza a oração do Angelus com os fiéis na Praça.

Nos dias 8 e 9, está agendada a 13ª reunião do Conselho dos Nove Cardeais, o C9, oportunidade em que se analisa a reforma dos organismos da Cúria Romana. No dia 9 de manhã, o Papa preside uma missa com os frades menores capuchinhos de todo o mundo, no Altar da Cátedra, na Basílica de São Pedro e, à tarde, concede audiência aos Missionários da Misericórdia, na Sala Paulo VI.

No dia 10, Quarta-feira de Cinzas, pela manhã, está confirmada a audiência geral, na Praça São Pedro; e à tarde, Francisco preside à missa, benção e imposição das Cinzas; e procede ao envio dos Missionários da Misericórdia, na Basílica Vaticana.

Quinta-feira, 11, serão recebidos os párocos de Roma. Este é um encontro tradicional, que se realiza todos os anos. De 12 a 18, o Papa estará no México, em Viagem Apostólica.

De retorno ao Vaticano, o Pontífice concede audiência geral extraordinária sábado, 20 de janeiro. Dentre os participantes, estão confirmados os membros da Associação Italiana de Doadores de Sangue (Fidas). Domingo, 21, é dia de Angelus com os fiéis, como sempre, na Praça São Pedro.

Segunda, dia 22 de fevereiro, Solenidade da Cátedra de São Pedro, o Papa fará uma catequese para seus colaboradores, no âmbito do Jubileu da Cúria Romana e de todas as instituições ligadas à Santa Sé. Haverá também uma missa, na parte da manhã, na Basílica Vaticana.

Quarta-feira, 24, é dia de Audiência geral.

Sexta, 26, Francisco recebe os participantes do Congresso internacional “A caridade nunca terá fim. Perspectivas da Encíclica Deus Caritas Est” há 10 anos do documento de Bento XVI. O evento será organizado pelo Pontifício Conselho “Cor Unum”.

No domingo, 28, está confirmado o encontro com os fiéis para a oração mariana do Angelus.

Fonte: Rádio Vaticano

Papa: na Quaresma, sair da própria alienação existencial.



 “A Quaresma deste Ano Jubilar é um tempo favorável para todos poderem, finalmente, sair da própria alienação existencial, graças à escuta da Palavra e às obras de misericórdia”: é o que afirma o Papa Francisco na Mensagem para a Quaresma 2016, divulgada na terça-feira (26/01).

"Prefiro a misericórdia ao sacrifício” (Mt 9, 13). As obras de misericórdia no caminho jubilar" é o tema da Mensagem do Pontífice. No texto, Francisco destaca que a misericórdia de Deus transforma o coração do homem, tornando-o assim, por sua vez, capaz de misericórdia.

Estas obras, ressalta o Papa, nos recordam que a nossa fé se traduz em atos concretos e cotidianos, destinados a ajudar o próximo no corpo e no espírito e sobre os quais havemos de ser julgados: alimentá-lo, visitá-lo, confortá-lo, educá-lo.

“Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina”, escreve o Pontífice, citando a Bula de convocação do Jubileu.

Todavia, adverte o Papa, o pobre mais miserável é aquele que não aceita reconhecer-se como tal. “Pensa que é rico, mas na realidade é o mais pobre dos pobres. E quanto maior for o poder e a riqueza à sua disposição, tanto maior pode tornar-se esta cegueira mentirosa. E esta cegueira está acompanhada por um soberbo delírio de omnipotência.”

Este delírio, prossegue Francisco, “pode assumir também formas sociais e políticas, como mostraram os totalitarismos do século XX e mostram hoje as ideologias do pensamento único e da tecnociência que pretendem tornar Deus irrelevante e reduzir o homem a massa possível de instrumentalizar. E podem atualmente mostrá-lo também as estruturas de pecado ligadas a um modelo de falso desenvolvimento fundado na idolatria do dinheiro, que torna indiferentes ao destino dos pobres as pessoas e as sociedades mais ricas, que lhes fecham as portas recusando-se até mesmo a vê-los”.

Portanto, exorta o Papa, a Quaresma deste Ano Jubilar é um tempo favorável para todos poderem, finalmente, sair da própria alienação existencial, graças à escuta da Palavra e às obras de misericórdia.

E explica: “Se por meio das obras corporais, tocamos a carne de Cristo nos irmãos e irmãs necessitados de ser nutridos, vestidos, alojados, visitados, as obras espirituais tocam mais diretamente o nosso ser de pecadores: aconselhar, ensinar, perdoar, admoestar, rezar”.

Para Francisco, estas obras nunca podem ser separadas, pois é precisamente tocando a carne de Jesus crucificado no miserável que o pecador pode receber a consciência de ser ele próprio um pobre mendigo. “Não percamos este tempo de Quaresma favorável à conversão!”, é o convite final do Santo Padre.

Fonte: Rádio Vaticano

Catequese do Papa: "Com o Batismo, é possível reencontrar a fonte da misericórdia"



A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos foi o tema da Audiência Geral desta quarta-feira (20).

Os países do Hemisfério Norte começam a celebrar a Semana nesta segunda-feira (18/01), com a conclusão marcada para o dia 25, festa da conversão de São Paulo. Na ocasião, o Papa Francisco preside à celebração ecumênica na Basílica de S. Paulo Fora dos Muros, a partir das 17h30 locais. No Hemisfério Sul, os cristãos celebram esta iniciativa entre Ascensão e Pentecostes.

Devido ao frio de 2 graus, o Papa recebeu os fiéis na Sala Paulo VI, cumprimentando-os no início do encontro semanal. Ao tomar a palavra, Francisco comentou o trecho da Primeira Carta de S. Pedro escolhido para esta semana ecumênica: “Chamados a proclamar os altos feitos do Senhor”. Este ano, a elaboração dos subsídios ficou a cargo de um grupo da Letônia.

A primeira Carta de Pedro é dirigida à primeira geração de cristãos, explicou o Papa, para torná-los conscientes do dom recebido com o Batismo e das exigências que comporta. “Também nós, nesta Semana de Oração, somos convidados a redescobrir tudo isso, e a fazê-lo juntos, indo além de nossas divisões.”
Batismo, fonte de misericórdia

Antes de tudo, prosseguiu o Pontífice, compartilhar o Batismo significa que todos somos pecadores e precisamos ser salvos, redimidos e libertados do mal. Significa que católicos, protestantes e ortodoxos são chamados a compartilhar a experiência de sair das trevas e ir ao encontro com o Deus vivo e cheio de misericórdia. Infelizmente, constatou, todos fazem experiência do egoísmo, que gera divisão, fechamento e desprezo. Com o Batismo, é possível reencontrar a fonte da misericórdia.

Para Francisco, o compartilhamento desta graça cria um elo indissolúvel entre os cristãos, já que, em virtude do Batismo, podemos nos considerar realmente irmãos. “A misericórdia de Deus atuante no Batismo é mais forte do que as nossas divisões. É mais forte”, reiterou. Por isso, todos nós, os cristãos, podemos e devemos anunciar a força do Evangelho, comprometendo-nos juntos na realização das obras de misericórdia espirituais e corporais. Este é um testemunho concreto de unidade.

O Papa concluiu: “Temos a missão comum de transmitir aos outros a misericórdia que recebemos de Deus, começando pelos mais pobres e abandonados. Durante esta Semana de Oração, rezemos para que todos nós discípulos de Cristo encontremos o modo de colaborar juntos para levar a misericórdia do Pai a todas as partes da terra.”

Íntegra da Catequese do Papa - Audiência Geral 20 de Janeiro: 

Catequese: Papa pede que todos sejam mediadores de misericórdia.



O Papa Francisco se reuniu com milhares de fiéis na Praça S. Pedro, para a Audiência Geral desta quarta-feira (27/01).

Após saudar os peregrinos a bordo do papamóvel, o Pontífice fez a sua catequese dando sequência ao ciclo sobre a misericórdia. Desta vez, comentando o trecho bíblico do Êxodo (2,23-25), em que Deus ouve o gemido dos filhos de Israel e faz a aliança.

Deus jamais desvia o olhar da dor humana
 
Na Sagrada Escritura, explicou, a misericórdia de Deus está presente ao longo de toda a história do povo de Israel, sobretudo quando está para sucumbir.

A misericórdia não pode permanecer indiferente diante do sofrimento dos oprimidos, do gemido de quem está submetido à violência, reduzido em escravidão, condenado à morte. È uma realidade dolorosa que aflige todas as épocas, inclusive a nossa, e que nos faz sentir com frequência impotentes. Deus, ao invés, não é indiferente, jamais desvia o olhar da dor humana. Deus ouve e intervém para salvar, suscitando homens capazes de ouvir o gemido do sofrimento e atuar em favor dos oprimidos.

Como mediador de libertação para o seu povo, envia Moisés, que vai ter com o Faraó para o convencer a deixar partir Israel e depois guia-o no caminho para a liberdade. Moisés, quando era menino, fora salvo das águas do rio Nilo pela misericórdia divina; e agora é feito mediador daquela mesma misericórdia a favor do seu povo, permitindo-lhe nascer para a liberdade salvo das águas do Mar Vermelho.

Obras de misericórdia são o oposto das obras de morte
 
“E também nós, neste Ano da Misericórdia, podemos fazer este trabalho de ser mediadores de misericórdia com as obras de misericordia para aproximar, aliviar, fazer unidade. A misericórdia de Deus atua sempre para salvar. É tudo o contrário da obra daqueles que atuam sempre para matar: por exemplo, os que fazem as guerras”, disse o Papa.

Através do seu servo Moisés, prosseguiu, o Senhor guia Israel no deserto como se fosse um filho, educa-o na fé e faz aliança com ele criando um vínculo fortíssimo de amor, uma relação semelhante à que existe entre pai e filho e entre marido e esposa. É uma relação particular, exclusiva, privilegiada de amor, fazendo dos israelitas "um reino de sacerdotes e uma nação santa".
“Até que ponto chega a misericórdia divina!”, disse Francisco. "Pois bem, é isto mesmo que nós próprios nos tornamos para Deus, deixando-nos salvar por Ele e acolhendo a sua aliança. A misericórdia divina torna o homem precioso, como um tesouro pessoal que pertence ao Senhor, que Ele guarda e no qual Se compraz."

Estas são as maravilhas da misericórdia divina, que chega à sua plena realização em Jesus, naquela “nova e eterna aliança” consumada no seu sangue, que nos torna joias preciosas nas mãos do Pai bom e misericordioso.

“E se nós somos filhos de Deus e temos a possibilidade desta herança de bondade e de misericórdia em relação aos outros, peçamos ao Senhor que neste Ano da Misericórdia também nós abramos o nosso coração para chegar a todos com as obras de misericordia”, concluiu.

Circo na Praça

Depois da catequese, o papa saudou os grupos presentes na Praça. Do Brasil, saudou de modo especial os fiéis de Brasília e São José dos Campos. Houve uma apresentação circense e Francisco mencionou ainda uma iniciativa do Pontifício Conselho Cor Unum por ocasião do Ano Jubilar. Trata-se de uma jornada de retiro espiritual para pessoas e grupos engajados no serviço da caridade. O retiro será realizado em nível local, nas dioceses, durante a próxima Quaresma – uma ocasião, disse o Papa convidando todos à participação – "para refletir sobre o chamado a ser misericordiosos como o Pai".

Fonte: Rádio Vaticano